Foi encerrado o inquérito contra o representante dos Países Baixos na Eurovisão de 2024, Joost Klein, tendo por base o incidente que determinou a sua expulsão do concurso.
Em causa, recordamos, está a queixa apresentada por uma mulher da equipa de produção, após um incidente ocorrido durante a segunda semifinal do concurso, a 9 de maio. Alegadamente, Joost Klein, que participava no festival com 'Europapa', teria partido a câmara de uma fotógrafa.
Num comunicado divulgado esta segunda-feira pelo Ministério Público sueco, é referido que "a investigação que envolveu um homem de 26 anos, representante dos Países Baixos no Festival Eurovisão da Canção de 2024, foi encerrada". Joost "foi suspeito de ter ameaçado ilegalmente uma mulher durante um incidente ocorrido a 9 de maio, em Malmö, onde se realizava o concurso", prossegue.
O inquérito concluiu que "o suspeito fez um movimento que atingiu a câmara de filmar da mulher" mas, no entanto, "a sequência dos acontecimentos foi rápida e percebida de forma diferente pelas testemunhas presentes no local."
"Hoje encerrei a investigação porque não posso provar que o ato era suscetível de causar medo grave ou que o homem tinha essa intenção", referiu, na mesma nota, o procurador Fredrik Jönsson. Foi, assim, encerrada a investigação sem que houvesse acusação formal contra o representante neerlandês.
Poucas horas depois deste anúncio, a União Europeia de Radiodifusão (EBU) emitiu um comunicado a abordar o caso, mais particularmente a desclassificação do artista dos Países Baixos. Jean Philip De Tender, diretor geral adjunto da EBU, referiu que a Eurovisão deve ser um evento seguro para todos, enfatizando que a EBU não tolera comportamentos inadequados e age perante quaisquer problemas relatados. Explica, portanto, que a decisão de desqualificar Joost Klein foi baseada nas regras e procedimentos da Eurovisão, após uma investigação interna, sendo que o desenvolvimento recente na investigação policial sueca não altera a decisão tomada.
A decisão de desqualificar o Sr. Klein do evento deste ano foi tomada em estrita conformidade com as regras e procedimentos de gestão do Festival Eurovisão da Canção (ESC), após uma investigação interna.
"Em paralelo, a polícia sueca decidiu abrir uma investigação formal sobre a conduta do Sr. Klein durante a segunda semifinal, a qual entendemos ter sido encerrada hoje sem medidas adicionais. Esta foi uma investigação sobre a possibilidade de um ato criminal, e não sobre se o Sr. Klein se comportou de forma inadequada e violou as regras e procedimentos do ESC. Portanto, este novo desenvolvimento não tem impacto na nossa decisão, a qual mantemos completamente. Jean Philip De Tender, diretor geral adjunto da EBU
