João Borsch: "Chegar ao Festival da Canção foi uma viagem atribulada e de muito trabalho"

 

A um dia de serem divulgadas as canções concorrentes do Festival da Canção, João Borsch, um dos concorrentes do programa da RTP, que no ano passado lançou o disco ‘É Só Harakiri, Baby’, falou, em entrevista ao JM-Madeira, da “viagem atribulada e de muito trabalho” até chegar ao festival e revelou um pouco daquilo que será apresentado no palco onde será escolhido o representante de Portugal na Eurovisão em 2024.

Àquele jornal regional, aquele que é um dos dois artistas madeirenses a concurso na edição de 2024 do festival, partilhou que, apesar da viagem trabalhosa até chegar o convite para integrar a 56.ª edição do formato da RTP, o caminho sempre foi percorrido com a "obstinação de quem quer fazer as coisas à sua maneira". "Sempre fui intransigente nos objetivos que queria cumprir nos meus discos e sinto que isso se traduziu na forma como foram recebidos", justificou o artista.

João Borsch partilhou que a decisão de aceitar o convite para o festival não foi imediata "por sentir uma grande responsabilidade" ao ocupar aquela posição, e por reconhecer que o mesmo "tem uma determinada importância na nossa cultura contemporânea e até na nossa história política". Assim, sentiu que "teria de fazer jus a este pedido e não queria cumpri-lo apenas por cumprir". 

"Se não fosse o Festival, não teríamos o primeiro marcador da revolução, 'E Depois do Adeus'."

Para além disso, reconhece que "o Festival tem inúmeros fãs devotos, não só cá em Portugal, como também ao nível internacional" e, no fundo, "não queria desrespeitar" algo que vê como "prestigiado e merecedor de respeito". 

Sobre a canção que preparou para o Festival da Canção, adianta que esta foi "feita de raiz e acabada numa semana", tendo gostado tanto dela que descartou uma segunda ou terceira opção. "Sem querer, foi logo à primeira. Acabei por tocar todos os instrumentos e gravar todas as vozes".

Revela também que a sua canção segue a "veia energética" do seu segundo álbum, 'É Só Harakiri, Baby', sendo um comprovativo do facto de gostar sempre "de trabalhar com extremos" e de que não vai ao Festival da Canção "para ser palatável". "Na verdade, não quero revelar muito sobre a canção antes de ela sair, mas posso dizer que estou completamente satisfeito com ela e com a atuação que estamos a preparar".