"A Mimicat traçou um belo caminho para os ‘underdogs/desconhecidos’. A sua participação demonstrou que qualquer um pode ganhar, e o que nos faz melhores ou piores artistas é a arte que apresentamos ao mundo e não o nosso nome ou bagagem que trazemos."
Palavras de MELA, autora de um dos temas a concurso no Festival da Canção apresentado através de livre submissão, método pelo qual a vencedora do ano passado foi selecionada para fazer parte da edição de 2023 do concurso. As canções deste ano são reveladas esta quinta-feira, em conferência de imprensa que pode ser acompanhada nas redes sociais e no site do Hashtag Eurovision.
Em entrevista publicada hoje no JM-Madeira, MELA, nome artístico da madeirense Mariana Gonçalves, uma das escolhidas entre as mais de 800 canções propostas a livre submissão, revela que a sua canção, que será conhecida hoje, marca o início de "uma nova era da MELA, com uma estética e sonoridade um pouco diferente do lançado anteriormente".
"Planeio abraçar muito mais a minha identidade musical e trazer um som fresco e mais ousado, ainda dentro do género do pop. Continuarei a fazer ode às minhas raízes, principalmente às flores e ao mar, mas com uma postura muito mais confiante, autodeterminante e orgânica", descreve a artista de 26 anos, que atualmente reside em Lisboa, onde deu início à sua carreira musical.
Participante no The Voice em 2016, divide a sua vida entre a medicina e a música, sendo que o facto de participar no Festival da Canção assinala só o início de um ano cheio de música nova.
"Podem esperar muita música que tenho guardada e estou desejosa que a ouçam, e pretendo lançar o meu primeiro álbum ainda este ano. Portanto, o Festival é o primeiro de muitos capítulos de um ano com muita música nova."
Questionada por aquele jornal regional acerca da forma como vê uma eventual ida à Eurovisão, admite que "adoraria" passar pela Eurovisão, mas que isso "é, neste momento, mais um sonho do que um objetivo". "Claro que adoraria ter essa oportunidade, mas para isso seria necessário ganhar o Festival, o que é surreal só de imaginar, devido à quantidade de grandes talentos que estão a participar", reconheceu, acrescentando, contudo, que "seria, realmente, uma grande honra representar o meu País e levar a minha música a todos os cantos do mundo".